Três séculos de fé na virgem de Nazaré

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Há quase três séculos, uma multidão de católicos preenche cada centímetro das ruas de Belém do Pará na maior procissão religiosa do Brasil e uma das maiores romarias do mundo: o Círio de Nazaré.

Uma das maiores do Brasil, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, considerado o "Natal dos paraenses", é realizado no segundo domingo de outubro, quando acontece, pela manhã, a procissão principal.

Um Pouco do repertório desse grande compositor e cantor das Comunidades

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Somos gente nova vivendo a união,
Somos povo semente de uma nova nação ê, ê....
Somos gente nova vivendo o amor,
Somos comunidade, povo do senhor, ê, ê...

1.vou convidar os meus irmãos trabalha-dores:
Operários, lavradores, bisca-teiros e outros mais.
E juntos vamos celebrar a confiança
Nossa luta na esperança de ter terra, pão e paz, ê, ê.

2. vou convidar os índios que ainda existem,
As tribos que ainda insistem no direito de viver.
E juntos vamos reunidos na memória,
Celebrar uma vitória que vai ter que acontecer, ê, ê.

3. convido os negros, irmãos no sangue e na sina;
Seu gingado nos ensina a dança da redenção.
De braços dados, no terreiro da irmandade,
Vamos sambar de verdade, enquanto chega a razão, ê, ê.

De Joanina para Junina

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Sabores e odores do Pará encantam a todos

Hoje, pode-se dizer que a cidade é uma das capitais gastronômicas do mundo. A Belém gastronômica é um interessante caldeirão de misturas étnicas. A comida indígena paraense – única, verdadeiramente brasileira, segundo o filósofo José Arthur Gianotti - tem sabores africanos, portugueses, alemães, japoneses, libaneses, sírios, judeus, ingleses, barbadianos, espanhóis, franceses e italianos. Os povos que chegaram à capital se encantaram com a cozinha nativa e, aos poucos, foram incorporando seus ingredientes[32]. A culinária belenense tem forte influência indígena. Possui pratos típicos como: pato no tucupi com jambu, o tacacá, a maniçoba, entre outras delícias como o açaí. Há quem diga que o sabor dos peixes e das frutas é realmente diferente. Os elementos encontrados na região formam a base de seus pratos. Com mais de uma centena de espécies comestíveis, as frutas regionais podem ser encontradas no Ver-o-Peso, feiras livres, mercados e supermercados do município; elas são responsáveis diretas pelo sabor das sobremesas que enriquecem a mesa paraense. Destacam-se: açaí, bacaba, bacuri, cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri, pupunha, tucumã, murici, piquiá e taperebá.

Rock Paraense é destaque musical em 2009

Com uma combinação avassaladora de riffs pesados agregados a influências que passeiam pela música regional paraense, blues, pop, jazz, mpb, funk que Madame Saatan tem se consolidado no cenário independente do norte do Brasil. A banda que conta com músicos remanescentes de outras experiências musicais, há apenas 2 anos e meio, vem conquistando prêmios de revelação e participado de apresentações em festivais importantes ganhando o respeito da crítica e arrebanhando uma legião crescente de fãs na capital e interior do Pará.

A banda composta por Sammliz (voz), Ícaro Suzuki (baixo), Edinho Guerreiro (guitarra) e Ivan Vanzar (bateria) colhe participação nos principais festivais realizados no estado do Pará, em outros estados e matérias com excelentes críticas em jornais e revistas de circulação nacional. Tudo isso ajuda a confirmar o carisma da banda junto ao público.

Os integrantes costumam brincar com o estilo dizendo que fazem o Metal Amazônico, uma forma abrangente de dizer que dentro de um contexto pesado a banda agrega as raízes da região onde nasceram além de outras diversas influências que cada um traz consigo.

Nos próximos meses a banda se prepara para o lançamento de um single, a gravação de um vídeo-clipe e a execução do projeto da gravação do cd oficial contemplado com o I Prêmio Estímulo Maestro Altino Pimenta da III Bienal Internacional de Música concedido pela FUMBEL. Ainda para o primeiro semestre aguarda a exibição da matéria gravada para o Dia de Banda do Jornal Hoje (Rede Globo).Sem rotular a banda mais eu defino o som deles como Sammliz Metal.

Walter Bandeira: amigos estão inconformados

Para o diretor do Instituto de Ciência da Arte (ICA), da Universidade Federal do Pará, Afonso Medeiros, a perda de Walter Bandeira é incomensurável. “Ele era professor de arte e dicção, e estava muito feliz com a construção do laboratório de voz que ele estava coordenando. O Walter era a mesma pessoa como artista e como professor, muito transparente e dedicado. Ele foi o responsável pela formação de uma geração de atores. Perdemos mais que um artista, um professor. Perdemos um amigo”, lamenta.

A emoção permitiu poucas palavras da atriz Wlad Lima. “Éramos amigos de trabalho e está sendo muito difícil aceitar essa perda”.

Já o músico Salomão Habib ressalta a qualidade técnica e vocal de Walter. “Ele não era um cantor; era o Walter Bandeira. O que fica é a sensação da perda de um grande amigo, principalmente por ter sido uma pessoa que poderia ter ganho o mundo, mas optou por ficar ao lado do seu povo que tanto o amava. Vai o corpo, mas fica a alegria que ele proporcionou para muita gente por tanto tempo”.

O ator Marton Maués, amigo e parceiro em diversos trabalhos, relembra a carreira que os dois dedicaram juntos, em relação aos estudos da voz, e a vida no palco. “Ele foi meu professor de voz e nós tínhamos um relação muito boa, desde o tempo do Cena Aberta, nosso grupo de teatro. Nós dois éramos muito ligados e fizemos uma carreira juntos. Ele era meu ídolo. Na verdade, ídolo de muita gente”, diz Marton.

Nos shows, Walter Bandeira sempre dedicada a música “Geni” ao grupo. Marton e Walter prestaram concurso público para a mesma disciplina de voz, na UFPA, e começaram a desenvolver projetos em parceria. “Recentemente, eu e o Walter estávamos trabalhando num projeto de resgate das radionovelas, que faz parte dos nossos estudos sobre a voz. Eu sinceramente acho que ele foi cedo demais, apesar dos seus 67 anos. Acredito que ele ainda tinha muito para fazer, oferecer, viver. É uma perda profunda para todos nós”.

Outro grande amigo de Walter, o cantor Nilson Chaves estava em Tucuruí quando recebeu a notícia da morte. Nos últimos dias, ele acompanhou de perto o estado grave do cantor. Nilson, assim como tantos outros cantores e atores paraenses, foi aluno de Walter Bandeira e viveu grandes momentos ao lado dele. “Aprendi a lidar com minha voz por causa das aulas dele, além de aprender muito com a sua amizade. Ele era bem humorado, tanto que às vezes as pessoas interpretavam mal suas brincadeiras, mas era o jeito dele se expressar. Esses últimos momentos foram muito difíceis. O Walter foi muito importante para mim e tantos outros. Ele foi um grande companheiro.”